A VERGONHA DA ESCRAVID O CONTEMPOR NEA
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A VERGONHA DA ESCRAVIDÃO CONTEMPORÂNEAQuando ouvimos sobre escravidão, parece-nos algo tão remoto, tão distante no tempo, e até improvável de tão absurdo. E então fingimos não saber de nada e tapamos os ouvidos para não ouvir. Tendemos a nos comover apenas com o que está próximo e com o que podemos ver. Afinal, escravos não são mais comercializados e nem castigados em praça pública. Mas, existem, de fato. E estão por aí, escondidos e camuflados. Homens, mulheres e crianças.
Na maior parte do mundo antigo, a escravidão era aceita e muitos povos eram escravizados ao se tornarem prisioneiros de guerra. Havia escravos em Roma, na Grécia, no Egito, mas também entre os povos Incas, Maias e Astecas. Praticamente, os reinados da antiguidade se mantinham e se sustentavam sobre o trabalho escravo. Em algumas culturas patriarcais, as mulheres em geral tinham uma situação parecida com a dos escravos, onde lhe eram negados os direitos básicos de um cidadão. Na antiguidade não era incomum que pais vendessem suas próprias filhas aos mercadores de escravos para quitar dívidas. E no que diz respeito à exploração sexual de todo tipo, mulheres e crianças são, até hoje, os mais vulneráveis.
No Novo Testamento, em Efésios 6:5 está escrito sobre escravos: "Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo." A bíblia embora traga vários preceitos sobre escravos e regulamente aspectos da escravidão, em nenhum momento, condena a prática da escravidão em si, tanto no Velho quanto no Novo Testamento, apesar da igreja católica a partir do século XV, através de seus papas, passar a dar início a uma campanha contra a escravidão.
Na era moderna, os negros foram escravizados por crenças na superioridade racial dos europeus, num período em que o comércio de escravos entre países africanos e as américas tornou-se bastante lucrativo, e os próprios reis de tribos africanas comercializavam seus conterrâneos. Antes, na América