A UTILIZAÇÃO DE FILMES COMO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO ESPAÇO ESCOLAR
Alexandre Alves da Silva*
Resumo:
O presente artigo tem como objetivo compreender o cinema enquanto linguagem audiovisual e recurso educativo, o qual possui a capacidade de promover a construção do pensamento por meio do contato com a produção fílmica, seja através da sala de cinema, ou dentro do espaço escolar como práticas pedagógicas, através de recursos midiáticos, como a televisão, DVDs e entre outras tecnologias que possibilitam a projeção de filmes. O contato do indivíduo, enquanto espectador e leitor da linguagem cinematográfica, com a reprodução dos filmes facilita a construção do pensar e da condição de desenvolver diversas leituras da realidade na qual está inserido. Neste sentido, o educador necessita compreender o cinema como colaborador no processo educativo de seus alunos, tornando-se facilitador do encontro do discente com os filmes que proporcionam a capacidade de construir o pensamento crítico. A partir desta reflexão pode-se considerar a relação entre a escola e o cinema como uma experiência pedagógica e construtora de um conhecimento que, por meio da relação emocional com a imagem em movimento, é capaz de tomar consciência do seu papel ativo dentro da sociedade.
Palavras- chave: Cinema. Educação. Práticas pedagógicas.
Introdução
Durante muito tempo a educação escolar teve o seu ensino alicerçado pela transmissão oral e pela transmissão escrita, sendo que a utilização das imagens era considerada como algo alheio e desnecessário à realidade dos alunos. A escrita tornou-se a fonte inquestionável do saber e ao professor coube o papel de único e insubstituível fornecedor de uma educação que Paulo Freire em seu livro Pedagogia do oprimido (1987) define como “educação bancária” o qual apresenta a figura do educador que detém o conhecimento, depositando-o em seus educandos. A estes, por outro lado, restou a incumbência de receber estas informações e reproduzi-las