A urbanística de Gropius Segundo as teses de Bauhaus, o ensino não pode ser unicamente indireto e exige uma demonstração prática, assim Gropius envolve a escola em uma série de intervenções concretas, que constituem o ponto de apoio das fases sucessivas do raciocínio teórico. Em 1926, o pequeno bairro de Torten em Dessau, encomendado pela Reichsforschungsgesellshaft, torna-se um laboratório plausível para a verificação dos conceitos teóricos da escola. O bairro é composto de casas enfileiradas de dois andares. Os três tipos de edificação são estudados com extremo cuidado, as estruturas portantes são septos murais transversais, ligados por traves de concreto, e nas casas de 1927 estão pintadas em cor diferentedos enchimentos frontais, acentuando o jogo dos corpos que sobressaem e reentram, pois todas as paredes orientadas perpendicularmente são escuras. No centro do bairro, existe uma construção de quatro andares que contém os apartamentos mínimos e a cooperativa de consumo. A decoração é feita no laboratório da Bauhaus e, assim, as medidas dos ambientes podem ser calibradas em relação ao mobiliário. O bairro, dessa forma, é organizado de modo centrifugo: difunde-se por anéis concêntricos no campo circundante e coagula-se em uma pequena praça perto do centro de rotação, onde esta colocado o edifício alto da cooperativa. Gropious percebe provavelmente esses defeitos e a impossibilidade de remediá-los permanecendo na Bauhaus. O empenho didático, que procede necessariamente de modo lento e analítico, não pode ser facilmente conciliado com o empenho urbanístico, que requer tempestividade e prontidão para sintetizar os múltiplos fatores em jogo. A fim de esclarecer definitivamente os problemas do housing, Gropius toma consciência de q deve anfrentar a competição profissional em campo aberto, travando contato direto com as forças econômicas e politicas que dirigem a produção da construção civil. Assim em 1928, abandona a escola e se estabele em Berlim como