A unificação do Egito Antigo. Aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais.
Mesmo com o esforço de alguns para tentar soluções pacíficas, outros fizeram frente às regiões. Peribsen, Faraó da 2ª dinastia, na tentativa de acabar com a rivalidade entre o Alto e o Baixo Egito ou almejando mostrar o poder do Alto Egito (há muitas divergências sobre a real finalidade), escolheu o Deus Seth ao invés de Hórus e nas representações de seu nome usava o animal associado a Seth (deus do Alto Egito), abolindo totalmente o até então principal deus, Hórus. Vale ressaltar que Hórus, mesmo sendo o deus do Baixo Egito, foi escolhido por Narmer como divindade, muito provavelmente a fim de mostrar que realmente a unificação seria uma união entre os lados.
O Faraó Khasekhemui foi o sucessor de Peribsen e pouco se sabe sobre a sua vida, mas foi o único faraó da história a ter os dois deuses, Hórus e Seth, em seu Serekh, sendo essa mais uma tentativa de mostrar ao povo a ideia de unificação. Depois da morte de Khasekhemui, o Deus Seth foi retirado de seus Serekhs, passando Hórus a ser novamente a divindade principal. Seth, de modo geral, começava a ser visto como um deus maligno, sendo associado às inúmeras mortes necessárias para a unificação. Durando um longo período, a união entre o Baixo e o Alto Egito passou por uma instabilidade política na 7ª dinastia, quando diversos reis assumiram o poder em um espaço curto de tempo.