A transparência como política pública
“Muita água passou por debaixo da ponte”. Tal metáfora não mais é que um resumo do que se passou com a humanidade nos últimos 100 anos. Foram inúmeros as inovações que surgiram, e não apenas isso, que transformaram as vidas de todos nós. Dentre estas, sem querer exaurir o tema, podemos citar o advento da televisão, do rádio, dos computadores, da Internet e hoje, mais precisamente, nos últimos 10 anos, temos os celulares, tablets e demais tecnologias ditas smarts. É obvio que as inovações também ocorreram nas demais áreas de atuação humana, inclusive, na nossa história como um todo, todavia, nos interessa nesta análise ingressar e esmiuçar o desenvolvimento tecnológico em especial, traçando um paralelo que possa nos levar até o entendimento mais aprofundado. Para iniciarmos, indispensável, perceber que junto ao desenrolar na nossa história como humanidade, o nosso caminhar vem sendo pautado, indiscutivelmente, pelo busca incessante pelo desenvolvimento, ou melhor, pelo progresso. Dito isso, faz-se a pergunta mais obvia: o que necessariamente vem a ser progresso? Como bem descreve Gilberto Dupas: “Em termos gerais, progresso supõe que a civilização se mova para uma direção entendida como benévola ou que conduza a um maior número de existências felizes”. De outra senda, J. B. Bury, ingressa mais no tema, entendendo que não há apenas o progresso uno, mas sim, um teoria do progresso humano “envolve uma visão do passado e uma profecia sobre o futuro. Ela é baseada numa interpretação da história que enxerga a humanidade avançando lenta e indefinidamente em uma direção desejável”. O progresso em si e, principalmente, o progresso das tecnologias latu sensu, são um dos mais relevantes acontecimentos na história da humanidade. Foi com o surgimento de novas tecnologias que o homem passou a ser verdadeiramente globalizado. Tal afirmação tem fundamento no que tange a uma lógica simples, sob a ótica que antes do advento da