A tragédia da cultura, resumo
Para Simmel, o conceito de cultura estaria relacionado em meio a esse dualismo entre o espírito e a forma (no momento em que o espírito se converte em formas que se autonomizam). Então o sujeito compreende si mesmo realizando a própria ideia de cultura. Esse processo da cultura, esta inscrito na dialética de sujeito e objeto, que marcam polos opostos e insolúveis, logo as pontes de que fala Simmel são provisória e inclusas.
O processo de cultura
O processo de cultura é a fusão momentânea, subjetivação do que é objeto, objetivação do que é sujeito; logo a cultura é o ponto de cruzamento do sujeito e objeto. Quando dois polos se encontram, o sujeito incorpora o objeto e torna-se assim um sujeito mais subjetivo.
A tragédia da cultura
Tal processo traz um caráter trágico, presente no conflito entre espíritos e objetos, entre vidas e formas. O objeto sai da sua original posição mediadora, para ganhar autonomia, rompendo assim a circularidade do processo cultural. Quando os objetos se autonomizam, eles se isolam dos sujeitos os quais o objetivaram. Os objetos então acabam por bloquear o processo cultural.
Os objetos seguem suas lógicas próprias, independente do processo que os criou e independentes do fim que lhes era atribuído. Então, resumidamente, a tragédia da cultura é essa transformação descontrolada e desintegradora dos meios e fins: “o homem, o verdadeiro fim, torna-se meio; o objeto, o verdadeiro meio, um fim em si mesmo, ao qual os homens acabam por se submeter”.
Simmel afirma que a situação problemática típica do homem moderno é a preponderância do objeto sobre o sujeito, a objetividade enquanto forma possui uma capacidade de realização ilimitada, essa característica afeta a subjetividade dos sujeitos, que se vê dominado pela forma objetual, ao invés de domina-la segundo seu desejo.
Simmel investiga as raízes dessa alienação na modernidade, do rompimento da corrente, da transformação dos meios em fins. A