A Tica Protestante E O Esp Rito Do Capitalismo
FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS
Grupo 10: Ana Luiza, Bruna, Carolina, Lívia.
A ética protestante e o espírito do capitalismo - Max Weber
Capítulo V - A Ascese e o Espírito do Capitalismo
Weber destaca que o homem deve aproveitar as oportunidades de lucratividade individual que Deus lhe oferece. Assim, o significado ascético da vocação justificou a moderna divisão do trabalho e a lucratividade. Quanto maiores as posses, maiores as responsabilidades. Tal visão de vida encontrava-se já na Idade Média, mas atinge a maturidade moral com o protestantismo. Weber chama a todo esse processo o “ascetismo secular” do protestantismo, que abrange a restrição ao consumo de luxo e a valorização da acumulação, além de “libertar psicologicamente” o fiel da restrição ética ao lucro ou à usura. A ideia de aplicação contida e razoável da riqueza, em contraposição à mortificação, é afim ao “conforto limpo e sólido do lar burguês”. O ponto principal é a admissão de uma secularização: estremecido o ardor religioso, mortas as raízes religiosas, recai-se em uma sóbria atividade econômica, produz-se uma consciência tranquila para viver a vida burguesa. Essa ética profissional burguesa dispunha que conquanto se mantivesse uma adequada conduta moral e se gastasse a riqueza de modo não criticável, preponderariam as vantagens pessoais pecuniárias. Simultaneamente, a ascese religiosa produzia trabalhadores sóbrios, esforçados e tementes a Deus, aceitando o trabalho como vontade divina. Entretanto, na visão de que o trabalho agrada a Deus mesmo que a baixos salários e qualquer que seja ele, a ascese protestante não produziu nada de novo. Inovou quando introduziu uma sanção psicológica na idealização de que o trabalho vocacional introduz a certeza da graça. No capítulo, Weber tem o objetivo claro de caracterizar um tipo ideal de ascetismo advindo do puritanismo e calvinismo e relacioná-lo com o ethos que identifica no tipo de capitalismo moderno