A TICA DAS PROFISS ES
Nas sociedades pré-capitalistas, as relações de trabalho eram complexas, simultaneamente uma relação com a comunidade global, instintiva e espontânea. Não havia separação entre a vida privada e comunitária. Qualquer ato praticado era simultaneamente particular ,público e comunitário.
Não havia uma moral do trabalho, especificamente, um sistema de normas especializadas, não havia uma lei especificamente do trabalho.
Havia um complexo normativo único e global, em que o indivíduo era apenas uma síntese do coletivo e do individual. Não havia separação porque a vida não estava dividida entre privado e público.
No mundo do capitalismo ( da produção industrial ), a divisão técnica do trabalho e a divisão social do trabalho, são muito profundas.
Com o desenvolvimento da privatização dos meios de produção, de distribuição e de consumo , a comunidade se dividiu, formando o mundo da sociedade civil e o mundo do Estado.
O sistema moral, com um sistema de valores, de um deve ser, de indicativos de comportamento, passa a ser uma referência do coletivo. Os valores morais passam adquirir relevância social .
Com a separação e privatização do mundo do trabalho, se passou a formular o controle dos trabalhadores via Estado.
Desenvolve-se o corporativismo moderno onde interesses particulares, passam a arrazoar certa moral do trabalho, no sentido de sobrepor essa moral à sociedade.
O trabalhador desenvolve certa moral que ele tem, em decorrência dos interesses da venda e compra da sua força de trabalho, dos seus interesses mais corporativos, dos interesses enquanto trabalhador frente ao patrão, naquela fábrica.
Numa sociedade em que os interesses particulares entram em contradição com os gerais, passa a haver uma moral particular em conflito com os padrões ou eixos coletivos.
Passa a existir, uma moral geral, difusa e ambígua que é a que permeia a sociedade, mas se define também uma moral coletiva, que é a moral de grupo, de classe.
A fábrica