A Teoria e a Política Enfrentam o Poder e a Motivação na Consolidated Automobile
Consolidated Automobile
Às 6 horas da manhã de uma terça-feira, dois jovens trabalhadores de linha de montagem de automóveis, descontentes por não terem conseguido que seu supervisor fosse transferido, cortaram a força para uma linha de montagem automática e pararam a fábrica da Consolidated Automobile Manufacturers, Inc.
A casa de força, contendo transformadores, chaves e outros equipamentos elétricos de alta voltagem, estava posicionada perto do centro da fábrica num espaço de 1,83m x 2,5m. Envolvendo esse espaço havia uma cerca de 3 metros de altura, com um portão trancado do mesmo tamanho, formando uma gaiola protetora ao redor da instalação que garanta uma certa segurança.
Os dois trabalhadores da linha de montagem, William Strong e Larry Kane, penetraram na casa de força simplesmente pulando a cerca. Uma vez no seu interior, interromperam a linha de montagem desligando as chaves e cortando a força.
Strong e Kane, que trabalhavam como soldadores, haviam tomado a questão nas próprias mãos quando o processo de reclamação desencadeado pelo sindicato não andara tão rápido como queriam. Os outros trabalhadores, inativos pelo protesto dramático e pela linha de montagem imobilizada, agruparam-se ao redor da área cercada, encorajando aos gritos os dois homens que estavam lá dentro. Em resposta a isso, Strong e Kane cantavam: "Quando você corta a força, você ganha força." Estavam no processo de se tornarem heróis para seus colegas. Sam Winfare, que supervisionava Strong e Kane e que fora o alvo de seu protesto, era supervisor há pouco tempo. Ao explicar os eventos que levaram ao protesto, Winfare disse que, antes dele assumir, a produção daquela linha de montagem vinha sendo cronicamente abaixo da cota, e que o gerente da fábrica tinha-lhe dito claramente que seu trabalho era melhorar a taxa de produção. A produção havia melhorado significativamente no curto tempo em que Winfare vinha sendo supervisor.