A teoria platônica do conhecimento
Por Albinê Cândido*
O problema do conhecimento está presente em toda a filosofia desde sua origem. Diversos filósofos deram o seu parecer a fim de chegar a uma definição coerente com o que seja tal problemática, no entanto nenhum outro filosofo conseguiu a resposta de Platão. Nos vários escritos platônicos o conhecimento é abordado como algo inato ao Homem. As fontes primárias do conhecer, seus processos para transformar-se em juízo, a forma adequada de descrever a atividade pensante do Homem frente ao conhecimento são discutidos por Platão em diversos diálogos, a saber: no Fédon, no Ménon, e no Teeteto. Contudo no Teeteto está contido a síntese do que Platão considerou ser o caminho para se chegar ao conhecimento verdadeiro. Em uma primeira hipótese o conhecimento não é mais do que sensação; em seguida acrescenta-se a tal ideia a possibilidade da sensação ser seguida de uma opinião verdadeira e ainda na terceira hipótese levantada, conhecimento seria a sensação seguida de opinião verdadeira e acompanhada de uma explicação racional. Ao decorrer do Diálogo com Teeteto, Platão apresenta sua teoria afirmando que sendo o conhecimento inato ao homem, conhecer é, portanto, recordar as ideias ou as essências das coisas, que se encontram, desde sempre, nos homens. O Homem já nasce com o conhecimento dentro de si e ao passo que vai voltando-se para a inteligibilidade ele descobre, como que num acordar, a essência das coisas que estão a sua volta.
*Graduando em Licenciatura em Filosofia pelo Instituto de Filosofia e Teologia de