Teoria do conhecimento
Para os pré-socráticos a filosofia se preocupa com a natureza do mundo exterior, e isto ver-se no obra de Heráclito onde o real tinha uma multiplicidade a qual ele buscava conhecer mas não rejeitava a ideia de aprender o real nas suas mudanças, no seu devir, pois assim como o homem, o conhecimento é dinâmico, mutável, o mesmo foi o precursor de certa forma da logica dialética.
Contrapondo tal pensamento Parmênides acha um absurdo e impensável “a coisa ser e não ser ao mesmo tempo”, para ele o movimento existe apenas no mundo sensível e a percepção de movimento levada a efeito pelos sentido é ilusória, só o mundo inteligível, perceptível, claro é verdadeiro. Uma das consequências dessa teoria é identidade entre o ser e o pensar. Mais tarde os lógicos chamarão isso de teoria da identidade, base de toda construção metafisica posterior.
Já os sofistas e isto é claro na celebre frase de Protágoras vista acima a qual deve ser entendida não como expressão do relativismo do conhecimento mas enquanto uma exaltação a capacidade de se construir a verdade, o logos não mais é divino, mas decorre do exercício técnico da razão humana.
Veemente critico dos sofistas Sócrates preocupado com o método do conhecimento parte do pressuposto supracitado e aqui repetido “Só sei que nada sei”, que consiste na sabedoria de reconhecer a própria ignorância e a partir dai buscar o saber. Destruía o saber constituído e buscava reconstruí-lo em busca da definição de um conceito.
Ainda na antiguidade surge a epistemologia a qual também é chamada de teoria do conhecimento, onde muito se atribui sua origem a Platão, pois segundo ele, existem quatro tipos de conhecimento:
- Episteme - Noésis (conhecimento intuitivo);
Dianoia (conhecimento discursivo);
- Doxa - Pistis (crença);
Eikasia (imaginação).
A episteme (ciência) é o conhecimento do mundo inteligível das ideias, o mundo do ser verdadeiro. Tem um grau inicial, a dianoia, que é o conhecimento