A teoria do Imaginário de Gilbert Durant
Gilbert Durand dedica sua obra à explicação de sua teoria sobre o imaginário humano, afirmando (Durand, 2002) ter, como principal fonte de inspiração para sua tese, as ideias de Gaston Bachelard (1942, 1943), filósofo e cientista francês. Segundo ( Durand (2002, p. 30), Bachelard (1942, 1943) “faz repousar a sua concepção geral do simbolismo imaginário sobre duas intuições que faremos nossas: a imaginação é dinamismo organizador, esse dinamismo é fator de homogeneidade na representação.” Durand (2002) define, portanto, o Imaginário como “o conjunto das imagens e relações de imagens que constitui o capital pensado do homo sapiens. (Durand, 2002, p. 18)”
A partir desta ideia, o autor defende que o Imaginário ajuda a organizar o pensamento do ser humano sendo “o grande denominador fundamental onde se vêm encontrar todas as criações do pensamento humano” (Durand, 2002, p. 19). Em outras palavras, para o antropólogo (Durand, 2002), a imaginação simbólica humana opera de modo a ordenar várias imagens que possuem formas parecidas segundo um núcleo aglutinador de sentido. Assim, como afirma Durand (2002, p. 43), “os símbolos constelam porque são desenvolvidos de um mesmo tema arquetipal, porque são variações sobre um arquétipo”. Ao afirmar isso, Durand (2002) propõem uma “universalidade dos arquétipos” na composição do Imaginário. (Durand, 2002, p. 378).
Este conceito da Teoria do Imaginário se apoia em um imenso trabalho, feito por Gilbert Durand (2002), de decodificação da simbologia de todas as grandes tradições humanas. Tal ideia de arquétipo de Durand (2002) está ligada ao sentido dado pelo fundador da psicologia analítica Carl Jung, (1950).
Deste modo vale ressaltar que segundo o psicólogo Jung (1950) arquétipos são formas míticas básicas destituídas de conteúdo (Deproost et al, 2003). Os pesquisadores da área do Imaginário (Deproost et al, 2003) esclarecem, igualmente, que Jung (1950) emprestou esta palavra de