Cerâmica Guarani
Franklin da Silva Alonso
1.1. A chegada do homem às Américas. É bem verdade que a concepção criacionista do mundo depõe, desde muito tempo, a sugestão feita através das mais díspares sensibilidades e instituições humanas - tais como aquelas de cunho mítico/religioso - uma ocorrência de natural aceitação nos supostos imutáveis surgimento e manutenção das formas de vida que constatamos atualmente haver sob a face do planeta Terra. Por seu prisma, observar-se-ia que os seres sempre houveram de ter (e, destarte sempre apresentariam) as configurações formais e, conseqüentemente os princípios genéticos hoje presentes, porque assim já o foram - pelo divino - criados, sem alternativa existente para alguma mudança posterior. Entretanto, progressivamente, outras teorias sobre a ordem do gênesis da vida (e de seu comportamento tomado mediante as possibilidades no descortinar de sua existência), se corporificaram no ambiente acadêmico. Haja vista o evolucionismo proclamado por Charles Darwin. O estudioso, em seu livro “A Origem das Espécies” (1859) doravante reclamaria nessa obra que todo ente teria sido dotado da potencialidade de mutações físicas decorrentes de alterações genéticas. Isto, todavia, dependendo das condições de vida pelas quais estivesse passando ou em que já estivesse ele (ser vivo) imerso. Adaptando-se a elas em um processo de ontogênese, sua chance em sobreviver mediante os reveses que se ofereciam então aumentariam exponencialmente. (SALZANO, 2009: p. 25). Mas, além dessa conjectura, tantas mais se fizeram conhecer no plano de nosso coevo conhecimento moderno. Entre elas, há uma que envolve diretamente o universo de desenvolvimento sócio-cultural do homem e, indiretamente, a sua desenvoltura biológica. Tal procedimento conceitual é conhecido como difusionismo, hipótese onde o ser humano, portador de saberes adquiridos via experiências pragmáticas e/ou empíricas