A Teoria Contingencial e a Variedade de Tipos
Na Teoria da Contingência tudo é relativo, tudo depende, isto é, não há nada de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa. Há uma relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o alcance eficaz dos objetivos da organização. Dentro de uma relação funcional, as variáveis ambientais são variáveis independentes, enquanto as técnicas administrativas são variáveis dependentes. Assim como quando a tecnologia em mudança e as condições do mercado colocam novos problemas e desafios, estilos abertos e flexíveis de organização são necessários. Um exemplo de empresas que atuam de forma contingencial são aquelas da área tecnológica; as incertezas do ambiente e os constantes movimentos do mercado dificultam a gestão estratégica fazendo com que elas adotem estruturas organizacionais abertas e orgânicas. Um estudo feito por vários pesquisadores de Harvard, liderados por Paul Lawrence e Jay Lorsch afirmam que diferentes tipos de organizações são necessárias para lidar com diferentes condições de mercado e de tecnologia. Organizações que operam em ambientes incertos e turbulentos precisam atingir um grau mais alto de diferenciação interna, ou seja, entre departamentos, do que aquelas que estão em ambientes menos complexos e mais estáveis. Para testar suas ideias, estudaram organizações com alto e baixo desempenho em três indústrias que experimentavam taxas de crescimento alta, média e baixa, bem como mudança tecnológica e de mercado. A indústria de plástico foi selecionada como exemplo de ambiente turbulento, enquanto que a indústria de contêineres padronizados era o exemplo de ambiente estável, ficando a indústria de alimentos em meio às duas. Os resultados obtidos apoiaram as hipóteses elaboradas, mostrando que as empresas de sucesso em cada um dos ambientes atingiam um grau apropriado de diferenciação e de integração e que o grau de diferenciação entre