A teocracia bizantina
O Império Romano foi certamente assediado por problemas constitucionais e militares, sociais e econômicos, os quais criavam o clima de desesperança e medo que os agravava, a perseguição a seitas como a dos cristãos fora parte de uma política que tinha em mente a unidade moral, calcula-se que na época do Edito de Milão em 313, quando foram concedidas à Igreja Cristã completa liberdade de culto e situação legalizada, o numero de cristãos não excedesse um sétimo da população do Império.
Sem reconhecimento legal, foi-lhes impossível fazer cumprir a uniformidade teológica ou a disciplina eclesiástica, o bispo da Antioquia era considerado o líder de todos os bispos das províncias asiática do império, cada um desses hierarcas procurava manter a disciplina e a conformidade de crença dentro de sua área, as seitas gnósticas já haviam sido excluídas da Igreja, o problema com os donatistas foi o da cisma, pois ninguém tocou na questão teológica subjacente, seria anulada a graça conferida a um bispo em sua sagração caso ele cometesse pecado mortal.
Ário foi um sacerdote alexandrino, extremamente eloqüente no púlpito por volta de 319, Ário prolongou a doutrina de que o Cristo não era eterno, mas que era fora criado por Deus como um instrumento para a criação e a redenção do mundo; a colocação do filho numa posição subordinada ao pai, Constantino interveio sugerindo que a palavra homoousios, “da mesma existência”, fosse inserida para descrever a relação do filho com o pai, não é de surpreender que o imperador se tornasse mais áspero e autocrático, inicialmente era preciso justificar o império Romano, Filon havia mostrando que Roma trouxera a paz e a unidade ao mundo, gozando, portanto, das graças de Deus.
Ele agora era o rei sábio, imitação de Deus, cujos domínios poderiam então tornar-se a imitação do Céu; Eusébio simplesmente adotou as doutrinas de Diotógenes, Ecfantus e Plutarco, com modificações convenientes; o rei não é Deus entre os homens, mas