A Tempestade
EPISÓDIO DA TEMPESTADE
[Canto VI, estrofes 70-91]
Episódio descritivo e naturalista onde se entrelaçam os planos da viagem e da mitologia. É o último dos grandes perigos que Vasco da Gama teve de ultrapassar antes de chegar à Índia.
Camões serviu-se da sua própria experiência de viajante para descrever de forma tão realista a natureza em fúria e sobretudo a aflição dos marinheiros, incapazes de controlar a situação, devido à violência da tempestade.
Descrição da Tempestade (estrofes 70 a 79)
Os navegadores são surpreendidos pelo som do apito que anuncia que “o vento cresce”, começando a grande agitação. Surge uma primeira ordem do mestre para recolher as velas porém a tempestade abate-se repentinamente sobre as naus. O mestre dá novamente a mesma ordem, mas os ventos desfazem as velas. O medo e o pânico instalamse a bordo.
O mestre manda «dar à bomba» para retirar a água que já inunda a nau. Três marinheiros tentam assumir o leme, mas não conseguem tal é a força da tempestade. Os ventos são tão fortes que teriam derrubado a Torre de Babel e a «pequena grandura dum batel mostra a possante nau» perante um mar perigoso e revolto. A nau de Paulo da Gama leva o mastro partido e está toda alagada. Os homens apelam a Deus para os salvar.
A descrição sugere ainda o movimento das naus que ora sobem as ondas gigantescas ora as descem. Os ventos parecem querer “arruinar a máquina do mundo” e no céu, raios fortes e fulminantes iluminam a noite “escura e feia”.
9º Ano
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Prof. Laura Almeida
_______________________________________________________________________ Lusíadas
Súplica de Vasco da Gama (estrofes 80 a 83)
Vendo que tão perto da Índia a armada naufragaria, Vasco da Gama pede ajuda a Deus.
Descrição da tempestade (estrofe 84)
O poeta retoma a descrição da tempestade que se torna ainda