A síntese de indicadores sociais
De acordo com o estudo, baseado em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), as mulheres representam 51,3% da população brasileira e, na média das pessoas ocupadas, possuem mais anos de estudo que os homens tanto nas áreas urbanas (9,2 anos contra 8,2 anos) quanto nas rurais (5,2 anos contra 4,4 anos).
Nesse contexto, a participação delas no mercado vem aumentando e passou de 42% em 1998 para 47,2% em 2008. O que chama a atenção é as mulheres terem muito mais dificuldades para chegar aos cargos mais altos das empresas. Segundo o IBGE, a diferença entre o número de homens e mulheres dirigentes continua estagnada em 1,5 ponto percentual desde 2003.
Neste período, a porcentagem de homens dirigentes passou de 5,6% para 5,9%, mesmo ritmo de crescimento entre as mulheres, grupo no qual a taxa foi de 4,1% para 4,4%. As regiões Sul e Centro-Oeste são as campeãs na desigualdade. Nos três Estados do Sul, a diferença entre o número de homens e mulheres dirigentes era de 2,7 pontos percentuais em 2003 e, apesar de ter caído para 2,4 em 2008 (confira o gráfico 9.5), continua a maior do país. No Centro-Oeste, a diferença subiu entre 2003 e 2008 de 1,6 ponto para 2,1, colocando a região em segundo lugar no geral, à frente do Sudeste. A região na qual a diferença é a menor é a Nordeste, mas entre 2003 e 2008 houve aumento da diferença entre os gêneros, de 0,5 ponto para 0,8 ponto percentual.
Os dados do IBGE vão ao encontro de uma pesquisa divulgada em setembro pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e pelo site Mulheres no Poder. O estudo levou em conta a presença de