Educando para a igualdade
Opinião
Segunda, 21 de Agosto de 2006
A discriminação da mulher
José Pascowitch - Diretor-executivo da consultoria Visão Sustentável
21 de Agosto de 2006 - A questão de gênero é desafio no mercado de trabalho. A questão de gênero no mercado de trabalho ainda é um ponto importante e frágil no debate que envolve a responsabilidade social corporativa. Ao contrário do que alguns podem imaginar, a questão de gênero não envolve apenas a desigualdade de oportunidade entre os sexos, indiretamente ela envolve fatores muito mais profundos, como, por exemplo, a pobreza. Segundo dados da Secretaria Geral das Nações Unidas , divulgados pelo Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social no estudo "O Compromisso das Empresas com a Valorização da Mulher", de 2004, cerca de 1,5 bilhão de pessoas vivem abaixo da linha de extrema pobreza, ou seja, com um dólar, ou menos, por dia. Deste total, 70% são mulheres. A péssima qualidade de vida dessas mulheres reflete diretamente na qualidade de vida de seus filhos, criando um círculo vicioso que favorece o aumento da pobreza e conseqüentemente da desigualdade mundial. Este círculo vicioso deve ser rompido o mais rápido possível. Mas, como fazê-lo? Fortalecendo a mulher, ampliando seu espaço de trabalho e garantindo a igualdade de oportunidades entre os sexos. A pesquisa "Perfil social, racial e de gênero das 500 maiores empresas do Brasil e suas ações afirmativas", promovida pelo Instituto Ethos e pelo Ibope, comparou a presença da mulher nas empresas em 2001,
2003 e 2005, analisando este fator dentro dos quadros funcional, de supervisão, de gerência e executivo. Concluiu que a mulher está presente em todos esses níveis hierárquicos, porém sub-representada. Em outras palavras, apesar de estar presente em todos os níveis hierárquicos, a mulher está representada por um número muito menor que o homem nas mesmas funções. Este documento considerou diversos pontos, como a questão