A síndrome de burnout na equipe de enfermagem do pronto socorro do Hospital Regional da Asa Norte
Luana Bernardes Arantes1
Sâmela Cristine Rodrigues de Souza2
RESUMO
Esta pesquisa estabelece a presença e os níveis de burnout na equipe de enfermagem do pronto socorro do HRAN através do MBI (Malasch Burnout Inventory). A síndrome de burnout é definida como um transtorno adaptativo crônico que acomete trabalhadores e ocorre devido à cronificação do estresse ocupacional, trazendo consigo consequências negativas nos níveis individual, profissional, familiar e social. Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem fazem parte de uma profissão caracterizada por ter, em sua essência, o cuidado e por grande parte da carga de trabalho ser o contato direto com pacientes e familiares. Do ponto de vista da organização do trabalho, a indefinição do papel profissional, a sobrecarga de trabalho, a falta de autonomia e autoridade na tomada de decisões, entre outras, geram um estado de estresse crônico, identificando a enfermagem como uma das profissões de maior incidência de burnout. Foi realizada uma investigação em 36 profissionais de enfermagem, entre técnicos e enfermeiros, que desenvolvem suas atividades no pronto socorro do HRAN. Os resultados principais indicam a incidência de burnout em 51% da amostra. É preciso criar programas de prevenção do burnout, para evitar que profissionais, que promovem a saúde, adoeçam. É necessário também dar continuidade a esse tipo de pesquisa e desenvolver modelos mais complexos para o entendimento do burnout neste contexto laboral específico.
Descritores: burnout; enfermagem; pronto socorro.
INTRODUÇÃO
O termo burnout foi primeiramente divulgado pelo médico Herbert Freundenberger em uma Revista de Psicologia em 1974. Desde então, vários autores, como Maslach (1976), Cherniss (1980), Pines (1989), dentre outros, expuseram suas teorias e definições sobre o burnout. A proposta de Maslach