A síndrome da imunodeficiência adquirida
Até metade da década de 90, as taxas de incidência - número de casos novos de aids dividido pela população - foram crescentes, chegando a alcançar, em 1998, cerca de 19 casos de aids por 100 mil habitantes. Do total de casos, cerca de 80% estavam concentrados nas regiões Sudeste e Sul. Contudo, apesar das altas taxas de incidência e de serem as regiões mais atingidas desde o início da epidemia, o Sudeste e o Sul são as regiões que seguem em um processo de estabilização, ainda que lento, desde 1998, seguidos, mais recentemente pela região Centro-Oeste. Para as demais regiões, Norte e Nordeste, mantém-se a tendência de crescimento nas taxas de incidência.
No Brasil, a aids tem se configurado como sub-epidemia, tendo atingido, de forma bastante intensa, os usuários de drogas injetáveis (UDI) e gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH) e, no início da década de 80, os indivíduos que receberam transfusão de sangue e hemoderivados (hemácias, plasma, plaquetas, etc). Mais recentemente, a taxa de incidência de aids mantém-se, ainda, em patamares elevados - em 19,5 casos por 100 mil habitantes - basicamente devido à persistência da tendência de crescimento entre as mulheres. Apresentou declínio em menores de 5 anos e no sexo masculino, com redução das taxas de incidência nas faixas etárias de 13 a 29 anos e crescimento nas faixas posteriores, principalmente a partir de 40 anos. Observou-se, também, para o sexo masculino, estabilidade na proporção de casos devido à transmissão homo/bissexual, aumento proporcional da heterossexual e redução importante e persistente dos