A SUBSTÂNCIA SOCIAL DA MEMÓRIA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
DEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTES
Programa de Pós-Graduação em Desenho Cultura e Interatividade
DISCIPLINA: DCI-006: Desenho, Registro e Memória
PROFESSORA: Dra. Gláucia Trinchão,
MESTRANDA: Bernadete Cássia Santiago Lima Almeida
TEXTO: A Substância Social da Memória
AUTORA: Ecléa Bose
RESUMO
Este texto trata do resultado de uma pesquisa e reflexões sobre a memória familiar, política, do trabalho e mais todas aquelas que formam a substância social da memória.
A autora aborda a importância dos aspectos cotidianos, os microcomportamentos, os quais na Idade Média são denominados de crônicas que são de grande relevância para a Psicologia Social.
As crônicas urbanas narradas pelos comunas medievais italianos registram a memória oral, porém é considerado como gênero literário menor. Nos anos setenta essas crônicas têm lugar de destaque devido as grandes teorias da história e a História Política entrarem em crise.
A memória oral é instrumento para construir a crônica do quotidiano, a qual não seria contada pela história oficial que não expressa as paixões individuais. Ela é contada pelas camadas excluídas da população, sendo que a memória do velho serve como mediadora entre as gerações para constituir a cultura. Essa memória oral fez presente pontos de vistas contraditórios se transformando na maior riqueza, hoje sendo estudado como História das mentalidades, a História das sensibilidades.
Daí, a autora colhe alguns resultados da sua pesquisa sobre a substância social da memória que é extraído da memória familiar, política e do trabalho.
Para as ciências humanas a recuperação da memória é o vínculo para a formação da identidade, porém quando o historiador tem testemunhos vivos ele pode resgatar comportamentos de uma época quando não estão encobertos por medos.
A memória oral tem que ser interpretadas tanto na lembrança quanto pelo esquecimento, pois ela tem seus desvios, seus