A subjetividade
A subjetividade surgiu entre o século XIX ao XX, antes do surgimento da psicologia científica. Numa primeira aproximação, talvez se possa tributar a especificidade das psicologias a uma suposta "descoberta" do sujeito psicológico; melhor, ao nascimento deste sujeito nos domínios do discurso ocidental moderno, científico, ou à sua emergência como figura correlata deste discurso, considerando que esta era uma figura inexistente na cultura ocidental antes do surgimento da psicologia científica na passagem do século XIX ao XX. Segundo informações do texto, seu objetivo era tratar do nascimento de um sujeito nos domínios da psicologia falando de sua colocação como objeto para um discurso científico socialmente aurtorizado a enunciar verdades a respeito de instâncias psicológicas que compõem este sujeito: O PSIQUISMO, ACOGNIÇÃO, A “MENTE”, A CONSCIÊNCIA, A IDENTIDADE; mas também, as percepções, as interpretações, as interpretações, dimensão das emoções, do desejo, do inconsciente – o "reino da subjetividade". Implica, portanto, enunciar o "psicológico" objetivando tais instâncias: construindo-as como "realidades psíquicas", universalizando-as, substancializando-as e naturalizando-as, ancorando-as nas objetividades do corpo e da natureza, bem ao estilo do modelo de ciência da época. O "objeto primordial", quase mítico, senão místico, é a "mente"; esta abstração idealista, subjetivista, com fortes influências da concepção cristã de alma, como sinônimo de existência imaterial e do pensamento dicotômico cartesiano, que bebe da mesma fonte. Ao longo da primeira metade do século XX este termo ainda era admitido como objeto científico, mas passa a ser questionado posteriormente por suas imprecisões e impregnações metafísicas, perdendo confiabilidade na segunda metade do período.
2. Outro objeto a surgir é o fragmento psíquico – com Wundt – unidade do psiquismo, do funcionamento psíquico ou do processo psicológico: as capacidades, a cognição, recusa do