A solidariedade na maçonaria
O laço sagrado que une a maçonaria é a solidariedade, mas não devemos confundir isso com o que comumente no mundo profano se diz a este respeito, que é o de tirar vantagens morais e materiais, pois em Loja e fora dela falamos constantemente sobre moral, ética, dever, virtude, vício, sobre o bem e o mal e conceitos afins, pressupondo que todos tenham a mesma compreensão dessas idéias. Raramente paramos para refletir, de maneira crítica, sobre tais valores, a fim de estabelecer um conhecimento mais preciso e claro sobre eles, de forma a ter validade e entendimento gerais, entre todos nós.
A primeira Constituição Maçônica, aquela de 1721, publica em Londres em 1723, no seu primeiro artigo, já estabelecia que "Um Maçom é obrigado, por sua Condição, a obedecer à Lei moral;" Portanto, esse é o primeiro dever do Maçom, dever esse que precede a todos os outros e decorre, logicamente, do pressuposto de uma Ordem Superior e Inteligente, da qual temos consciência e atribuímos à sabedoria do G.'. A.'. D.'. U.'..
Moral é algo que diz respeito exclusivamente ao homem, enquanto ser livre e inteligente e, portanto, com capacidade para escolher entre esta ou aquela conduta, e agir conforme sua vontade. Não há moral entre os seres inferiores, pois estes, quando agem, o fazem em razão de sua natureza, sem interferência de juízo de valor. O leão que abate sua presa não age moral ou imoralmente, simplesmente segue sua natureza felina, para atender a uma necessidade vital.
A idéia de Moral implica, portanto, em noções de bem e de mal, de dever, de obrigação, de responsabilidade, enfim, de valores humanos que são necessários à vida em grupo.
Para alcançar a perfeição de nossa natureza, quer física, quer espiritual, será necessário desenvolver nossas virtudes físicas e espirituais, procurando afastar de nós o seu contrário, a que damos o nome de vício.
Segundo Aristóteles, há duas espécies de virtude: uma intelectual e outra moral. A