A Sociolinguística e o dialeto nordestino
CIDADE DE SÃO PAULO
Os meios de comunicação têm a tendência de nivelar os dialetos de uma mesma língua. É preciso estudar, analisar e caracterizar esses dialetos antes que desapareçam sem um estudo científico sistematizado e um registro histórico da língua. Este estudo propõe conceituar e caracterizar sociolinguística, dialeto, sistemas linguísticos e como as variações linguísticas interferem na comunidade de fala.
Cada sistema linguístico é constituído por subsistemas que são chamados dialetos ou como alguns estudiosos preferem - variedades linguísticas. Diante dessa definição, nota-se que há a predominância do social sobre o individual. A parte individual da linguagem é secundária. A fim de adaptar-se às necessidades de comunicações entre os indivíduos a língua muda com o tempo. Essa mudança linguística se processa em longo prazo (normalmente no espaço de várias gerações) e de maneira gradual, em várias dimensões.
Não é fácil diferenciar língua e dialeto. As delimitações dos dialetos e das línguas estão intrínsecas nas suas transições. Os dialetos não passam de subdivisões arbitrárias da superfície da língua, assim como o limite que separa duas línguas é convencional. Falantes que pertencem à mesma região podem não falar da mesma maneira devido ao nível social, econômico e às circunstâncias da comunicação. Já falantes de regiões diferentes têm características linguísticas diferentes. Isso mostra a complexidade de um sistema linguístico e toda a variação existente.
Para se entender melhor o dialeto, é preciso conceituar isoglossa. Isoglossa é uma linha virtual, que marca um limite virtual, de formas e expressões linguísticas. Elas delimitam contrastes os quais apontam semelhanças em espaços geográficos, mostram semelhanças linguísticas socioculturais e diferenças de estilo. Um dialeto, sem deixar de ser intrinsecamente uma língua, se considera subordinado a outra língua, de ordem superior. Ou, dizendo-se de