A sociedade por Marx
Marx define sociedade como sendo construída a partir das relações sociais de produção.
As relações sociais de produção são as relações que os homens estabelecem entre si no processo de produção da vida material.
No processo de produção da vida social os seres humanos colocam em ação as forças produtivas de uma sociedade. Para Marx, o constante processo de transformação das forças produtivas permite descrever a história da sociedade em diferentes modos de produção: asiático (sociedades escravocratas que produzem mais do que consomem), feudal e capitalista. O modo de produção inclui o nível econômico das relações de produção, o nível político da formulação das leis e do Estado e o nível ideológico dos sistemas jurídicos e educacionais e religiosos. Portanto, as modificações econômicas produzem grandes transformações na sociedade como um todo. O nível econômico é denominado como infra-estrutura, e os níveis político e ideológico de superestrutura.
As forças produtivas de uma sociedade transformam-se com o desenvolvimento da produção e são aperfeiçoadas. Exemplo: a utilização do metal, substituindo os instrumentos de pedra e madeira, permitiu o aumento da produtividade. A maneira como os artesãos produziam suas obras na sociedade feudal transformou-se em produção industrial na sociedade capitalista, informatizada na atualidade.
As forças produtivas de uma sociedade são os meios de produção (edifícios, terra, matéria prima, instrumentos, máquinas, tecnologia, capital) e a força de trabalho (as capacidades físicas, mentais e espirituais dos trabalhadores). O que caracteriza o capitalismo é exatamente a força de trabalho transformar-se em mercadoria. Nessa sociedade surgem duas classes sociais: a Burguesia - proprietária dos meios de produção, e o Proletariado - proprietário da força de trabalho.
Segundo Marx, a formação do capital é o resultado do lucro do capitalista obtido através da mais-valia. A mais-valia é produzida no