A sociedade dos poetas mortos
Aos 7’41’’ do filme A Sociedade dos Poetas Mortos nos deparamos com a cena em que o pai do aluno Neil – o qual estuda em uma escola tradicional dos Estados Unidos – entra no dormitório de seu filho para conversar com ele. O pai inicia a conversa dizendo que o filho estava matriculado em muitas atividades extracurriculares e que isso o atrapalharia nos estudos, portanto ele tomou a liberdade de conversar com o diretor e tirá-lo de uma dessas atividades. O filho, inconformado com a decisão, tenta contestar, mas de nada funciona. E então o pai deixa o quarto do filho dizendo-o que quando ele se tornar um médico independente ele poderá fazer o que bem entender.
Em menos de dois minutos podemos perceber a falta de interesse do pai por atividades extracurriculares, as quais podemos chamar de educação não-formal, e a grande importância que ele dá para as matérias obrigatórias da grade curricular, a educação formal. Ou seja, como se aquelas atividades não importassem para a formação educacional do adolescente. E será que elas realmente não importam? Mas para entrar nessa questão, levemos em consideração os benefícios de uma educação não-formal.
Com esse tipo de educação os alunos aprendem a lidar com as diferenças, a trabalhar em grupo e a respeitar opiniões diferentes sobre um mesmo assunto. Há a delimitação de regras éticas relativas às condutas aceitáveis socialmente, além da aprendizagem de conteúdos que possibilitarão o indivíduo a fazer uma leitura do mundo do ponto de vista de compreensão do que se passa ao seu redor. Tudo isso se dá devido aos processos de compartilhamento de experiências. E características como estas são mais difíceis de adquirir dentro de uma sala de aula na qual cada aluno senta em uma cadeira para ouvir tudo o que o professor tem a dizer. Mas teria a educação não-formal potencial para substituir a educação formal?
Algumas das características que não encontramos nesse tipo de educação é, por exemplo, uma definição mais clara de