a sociedade dos individuos norbert elias
No livro “A Sociedade dos Indivíduos” o autor, Norbet Elias, tomou como objetivo fundamental o embaralhamento dos termos sociedade e indivíduo. Ele critica, ao longo do livro, essa dicotomia que foi criada e cristalizada. O livro contém três partes que foram feitas em épocas diferentes e que demonstram reflexões sobre o problema da pessoa singular dentro da pluralidade de pessoas. O contexto histórico em que o texto se encontra é o da Guerra Fria em que havia um equilíbrio do terror entre a União Soviética e os Estados Unidos. A primeira defendia a idéia de que a liberdade individual era secundária em relação à igualdade de todos e, o segundo mostrava-se contrário a isso, utilizava o liberalismo político valorizando o individuo. Elias afirma que a sociedade só existe porque há um grande número de pessoas que são interdependentes, pois realizam diferentes funções, individualmente, que fazem com que ela funcione. Cada ser está, desde nascença, inserido num complexo funcional de estrutura bem definida no qual vai se moldando, se conformando e se desenvolvendo. Cada pessoa singular está presa por viver em permanente dependência funcional de outras.
As sociedades não possuem estruturas que podem ser vistas, ouvidas ou diretamente tocadas no espaço. Elas sempre continuam em aberto. São um fluxo continuo, mudando de forma mais lenta ou mais rápida as formas vivas em que não dá para observar um ponto fixo. As pessoas estão ligadas nas outras por laços invisíveis, sejam eles de trabalho e propriedade ou de instintos e afetos. Há, atualmente, opiniões diferentes acerca da dicotomia construída entre individuo e sociedade. Uns afirmam que a sociedade é apenas o meio e o fim é o bem-estar dos indivíduos. E outros consideram menos importante o bem-estar dos indivíduos do que a manutenção da unidade social de que o individuo faz parte, sendo esta o fim da vida individual. A opinião de Elias acerca disso é de que os