A Sociedade de Ordens e as Revoluções que determinaram os Alvores da Contemporaneidade
A ordem social vigente durante a idade moderna nos países europeus, advém da estratificação social iniciada na Idade Média em que a sociedade se agrupava em ordens ou estados, os critérios utilizados para essa divisão eram essencialmente religiosos e morais ou tradicionalistas, de sangue e hereditários. A mobilidade social era extremamente difícil apesar de ter acontecido em casos pontuais, a articulação entre as três ordens baseava-se essencialmente no feudalismo, regime económico que estabilizou esta ordem social ao longo de vários séculos.
A sociedade de ordens
A revolução, um conceito que define, alterações bruscas num sistema vigente, quer seja no plano social, politico e económico, que abruptamente ou em pequenas mudanças ao longo do tempo, substitui a ordem atual por uma nova e que normalmente provoca conflitos, os interesses instalados entram em confronto com os novos, que querem impor os seus ideais.
Na Europa as sociedades da Idade Moderna evoluíram em duas correntes partindo de uma base comum, a sociedade de estados. Na Europa do sul e oriental as ordens privilegiadas (clero e nobreza) mantiveram até ao fim do antigo regime a posição de grupos dominantes na economia através da posse latifundiária das propriedades agrícolas e rendimentos da principal fonte económica da Idade Moderna a agricultura, e o direito aos mais altos cargos políticos e participação na formação dos estados políticos e controlando de certa forma as monarquias e defendendo as suas posições de domínio na sociedade. No norte da Europa, nomeadamente nos Países Baixos e Inglaterra, um grupo social pertencente ao terceiro estado, a burguesia, que através da expansão do comércio ultramarino e evolução na agricultura (principalmente na Inglaterra), criaram condições de riqueza que utilizaram para ascendência social e algum domínio nas instituições politicas e junto dos monarcas, e como