A Sociedade da Informação e seus reflexos no individuo.
Ao final do segundo milênio, com o desfecho da Guerra Fria e a soberania dos Estados Unidos, diversos países do mundo se viram diante de uma revolução tecnológica, centralizada na emersão das tecnologias da informação e da comunicação (TIC’s).
Partindo da proposição que categoriza a informação como elemento essencial na história evolutiva da sociedade humana (MATTELART, 2002) é possível afirmar que o fator diferencial na edificação do contexto informacional contemporâneo é, sobretudo, seu caráter global, protagonizado por meio das influências transformadoras dessas TIC’s.
A evolução dos meios de comunicação e das chamadas “máquinas da informação” (BABBAGE,1832 apud MATTELART, 2002) como, por exemplo, o telegrafo, iniciou a efetivação - em proporções de velocidade infinitamente menores da que nos deparamos atualmente - da ideia de uma rede de informações. Entretanto somente a partir da Segunda Guerra Mundial, que ocorreu efetivamente a evolução da indústria tecnológica, tanto nos aspectos bélicos, como nos de meios de comunicação. Foi diante desse cenário, devido a um posicionamento estratégico na guerra, e com a produção em massa, o Fordismo, que os Estados Unidos conseguiram se destacar industrialmente em esfera global superando, categoricamente, a Inglaterra e demais potências europeias. Ainda nesse período os norte-americanos, pioneiros no conceito de redução dos espaços por meio das redes, fizeram investimentos categóricos em tecnologias da informação focados no setor comunicacional. A partir de então houve uma convergência norte americana voltada ao desenvolvimento da informática. Nesse sentido, as TIC’s, foram classificadas como as “novas forças produtivas do sistema capitalista”, sendo também fontes de inovação para a sociedade emergente. Castells afirma ainda que: A tecnologia da informação é para esta revolução, o que as novas fontes de energia foram para as revoluções industriais