Cantigas Medievais
Ai flores, ai flores do verde ramo, se sabedes novas do meu amado! ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo, aquel que mentiu do que pôs comigo! ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado, aquel que mentiu do que mi há jurado! ai Deus, e u é?"
(…)
- Cantiga de amigo. Pastorela, pois faz menção a natureza.
- Eu-lírico feminino. Lamento da moça cujo namorado partiu.
- Paralelística
- Paralelismo: "Ai flores, ai flores do verde pino”.
“Ai flores, ai flores do verde ramo”.
“Se sabedes novas do meu amigo”.
“Se sabedes novas do meu amado”.
- Refrão: “ai Deus, e u é?”
- Leixa-pren: “Meu amigo”
“Meu amado”
2. “Senhora minha, desde que vos vi, lutei para ocultar esta paixão que me tomou inteiro o coração; mas não o posso mais e decidi que saibam todos o meu grande amor, a tristeza que tenho, a imensa dor que sofro desde o dia em que vos vi.” - Cantiga de amor.
- Eu-lírico masculino. Coita de amor.
- Maestria.
3. Conheço certo homem, ai formosa,
Que por vossa causa vê chegada a sua morte;
Vede quem é e lembrai-vos disso;
Eu, minha senhora.
Conheço certo homem que perto sente
De si a morte chegada certamente;
Vede quem é e tende-o em mente;
Eu, minha senhora.
Conheço certo homem, escutai isto:
Que por vós morre e vós desejais que ele parta;
Vede quem é e não vos esqueçais dele;
Eu, minha senhora.
-Cantiga de amor.
-Eu-lírico masculino. Amor cortês.
-Maestria.
-Refrão: “Vede quem é e lembrai-vos disso;
Eu, minha senhora.”
“Vede quem é e tende-o em mente;
Eu, minha senhora.”
4. "A dona que eu am'e tenho por Senhor amostrade-me-a Deus, se vos en prazer for, se non dade-me-a morte.
A que tenh'eu por lume d'estes olhos meus e porque choran sempr(e) amostrade-me-a Deus, se non dade-me-a morte.
Essa que Vós fezestes melhor parecer de quantas sei, a Deus, fazede-me-a veer, se non dade-me-a morte.
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