A situação da educação brasileira hoje
Ao propormos uma reflexão sobre o panorama atual da educação brasileira, temos de olhar com perícia a origem do sistema educacional brasileiro. Da expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal em 1759 até metade do século passado, a educação do país teve sua origem elitizada, com educação de excelência para poucos. O panorama era de que os alunos mais ricos estudavam nas escolas particulares e eram preparados para a universidade pública e de qualidade, enquanto que aos pobres lhe sobravam o sistema público de ensino, precário e sem perspectivas, que encaminhava seus alunos ao ensino superior privado.
Atualmente, o governo tem adotado uma política mais inclusiva, ainda muito jovem, mas pode-se sentir algumas diferenças. Em seu slogan “Educação para todos”, essa nova política governamental propõe a igualdade de oportunidades, diversidade de tratamento e também para ensinar. Defende um currículo enxuto, contextualizado e por competências. Agora, o sistema compromete-se em ensinar para a vida e não para continuar na escola.
Essas mudanças caíram nas escolas e tiveram de ser adptadas. Mas a dúvida recorrente sobre esse ponto e: Será que o professor está prepado para refomular todo a sua maneira de ensinar? A resposta está nos dados. O Brasil ocupa o 53º lugar em educação, entre 65 países avaliados (PISA). Mesmo com o programa social que incentivou a matrícula de 98% de crianças entre 6 e 12 anos, 731 mil crianças ainda estão fora da escola (IBGE). O analfabetismo funcional de pessoas entre 15 e 64 anos foi registrado em 28% no ano de 2009 (IBOPE); 34% dos alunos que chegam ao 5º ano de escolarização ainda não conseguem ler (Todos pela Educação); 20% dos jovens que concluem o ensino fundamental, e que moram nas grandes cidades, não dominam o uso da leitura e da escrita (Todos pela Educação). Professores recebem menos que o piso salarial.
Em frente aos dados, muitos poderiam tornar-se críticos sobre a questão da educação.