Psicologia sistêmica
A Teoria Sistêmica tem suas origens na física quântica, a partir da mudança na visão de mundo, onde se passou da concepção linear-mecanicista de Descartes e Newton para uma visão holística e ecológica. O termo holístico, do grego “holos”, totalidade, refere-se a uma compreensão da realidade em função de totalidades integradas, cujas propriedades não podem ser reduzidas a unidades menores. Vivemos hoje num mundo globalmente interligado, no qual fenômenos biológicos, psicológicos, sociais e ambientais são todos interdependentes, intimamente interligados, sistêmicos. Num primeiro momento a ênfase dada ao método cartesiano levou à fragmentação do pensamento e a uma atitude generalizada de reducionismo na ciência, na crença que todos os aspectos dos fenômenos complexos poderiam ser compreendidos se reduzidos às suas partes constituintes. Para Descartes, o universo material era uma máquina, nada além de uma máquina. Não havia propósito, vida ou espiritualidade na matéria. A natureza funcionava de acordo com leis mecânicas, e tudo no mundo material podia ser explicado em função da organização e do movimento de suas partes. Animais, plantas e seres humanos eram considerados simples máquinas. O pensamento de Descartes compara um homem doente com um relógio mal fabricado e um homem saudável com um relógio bem feito. A evolução do pensamento reducionista de Descartes leva ao surgimento de um novo paradigma: o universo é um todo unificado que pode, até certo ponto, ser dividido em partes separadas, em objetos feitos de moléculas e átomos, compostos, por sua vez, de partículas. Mas atingindo esse ponto, no nível das partículas, a noção das partes separadas dissipa-se. As partículas e todas as partes do universo, não podem ser entendidas como entidades isoladas, devem ser definidas através de suas interrelações. Cada evento é influenciado pelo universo todo, embora não possamos descrever essa