A situação da docência...
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Preliminarmente, quero através destas sucintas palavras, assinalar minha insatisfação e decepção em relação às instituições de ensino principalmente o público da contemporaneidade. Deveria eu, estar escrevendo sobre história, geografia, política enfim, sobre os conteúdos dos componentes curriculares que me especializei a ensinar. No entanto, cada vez que me proponho a fazer tais obrigações atribuídas a minha profissão, sou barrado por ambiguidades, do tipo “professor por que você usa estas palavras tão difíceis que nos não entendemos”? – por que este é o mais próximo que posso chegar do correto português por nós utilizado! – “Há, mas nos queríamos uma aula diferente, onde tudo fosse colorido, atraente e a gente não precisasse escrever, ler ou fazer prova”… Sinto muito, mas isso não é escola, no seu conceito. Escola deriva do latim ‘schola’ e refere-se ao estabelecimento onde se dá qualquer gênero de instrução. Também permite fazer alusão ao ensino que se dá ou que se recebe, ao conjunto do corpo docente e discente de um mesmo estabelecimento escolar, ao método, ao estilo peculiar de cada professor/docente para ensinar, à doutrina, aos princípios e ao sistema de um autor, de uma cultura de uma sociedade, sua moral e costumes.
Pensando nestas questões, fui procurar o que pode ter ocorrido para que tal situação tenha se instalado, e passei a ler alguns livros que não eram indicados pelos professores da universidade e muito menos pelo governo e os meandros administrativos, impositores de legislações absurdas e destrutivas que transformaram a escola, principalmente a pública em um albergue, um depósito de gente, disfarçado através de uma retórica repressiva, miúda, medíocre e disléxica de que tudo é feito pensando na melhor forma de efetivamente emancipar o estudante, para que ele crie a panacéia das mazelas sociais.
Conforme Bernardin (2012, p. 12):
O nível escolar continuará caindo, o que alias não surpreende, já que o papel da escola foi redefinido e sua missão