A sexualidade ontem e hoje
Catonné, Jean-Philippe. A sexualidade ontem e hoje. Tradução Michèle Iris Koralek – 2. ed – Cortez, 2001.
I. Enfoque folosófico e histórico da questão sexual
O ser humano é um ser sexuado. A questão filosófica faz da sexualidade algo de menor importância, Platão valoriza o amor como ser que permite atingir o divino ascendendo ao mundo das idéias. Acredita-se que o amor permite criar na beleza, não segundo o corpo, mas segundo a alma. O amor também possibilita ter acesso à verdade, fazendo com que o ser apaixone-se por ela e renuncie aos prazeres sexuais. Por outro lado a antropologia vê a sexualidade como um problema fundamental. O sujeito com o confronto: Mundo natural ao qual está inserido vesus Seu corpo e o caráter sexual, reflete na elaboração de símbolos e mitos. Desde a sua origem a cosmo-teologia também aborda questões sexuais.
Tratando-se de sexualidade conceitos como amor, erotismo e procriação ao mesmo tempo que podem acontecer de maneiras simultâneas podem também simbolizar atividades isoladas. Pode haver amor sem sexualidade assim como ambos podem coexistirem. Comentário: Como o próprio texto fala, a maneira de abordar a sexualidade é relativa ao tempo. Recorrendo a períodos e pensadores o capítulo exemplifica que além do tempo, a religião, a região e costumes influenciam nesta abordagem. Fato é que na antiguidade a contenção sexual ocupava lugar considerável e hoje as maneiras de amar não são outras, assim como as relações entre o masculino e o feminino se transformaram.
II. Era uma vez um país onde os deuses faziam amor Na Babilônia o prazer sensual estava onipresente e o amor elevado à categoria de arte. O Antigo testamento despreza-a classificando como cidade maldita e prostituída. O que motiva essa posição do cristianismo é que a religião babilônica desenvolveu uma espécie de prostituição sagrada e assim organizou a sexualidade antes do