A semiologia de cisne negro (filme)
O filme Cisne Negro, dirigido por Darren Aronofsky, apresenta uma interação entre a persona e a sombra, simbologia empregada por Carl Jung que rodeia toda a trama do filme, da protagonista Nina Sayers. Uma simbologia que já foi abordada por algumas obras cinematográficas, como Uma Mente Brilhante e Fight Club, no qual põe em discussão a persona de cada protagonista e as consequências que levam a repreensão de sua sombra – medos, insegurança, ações e sentimentos inadequados socialmente. Nesse trabalho, faremos uma análise semiótica de alguns elementos desta obra, tendo em vista, principalmente, essa relação mencionada entre elementos ficcionais e suas consequências. Para atingirmos esse objetivo, primeiramente, será feito um breve resumo da história do filme para, depois, iniciar-se a análise.
A história trata-se de Nina(Natalie Portman), bailarina de uma companhia novaiorquina. Sua vida é inteiramente consumida pela dança. Ela mora com a mãe, Erica(Barbara Hershey), ex-bailarina que abandona sua carreira para se dedicar a filha e, de forma super-possessiva e controladora, a incentiva, busca direcionar sua ambição profissional na filha, numa tentativa de realizar seu sonho. Com isto, Nina busca ascender na carreira da dança e encontra no diretor artístico da companhia, Thomas Leroy(Vincent Cassel), essa chance, pois Leroy busca substituir a bailarina principal, Beth MacIntyre, na apresentação de abertura da temporada, O Lago dos Cisnes. Nina é perfeita para interpretar a cisne branco, pela pureza e ingenuidade e se torna sua escolha.
Nina é o sujeito completo dentro da narrativa. Compõe as quatro caracteristicas: saber; poder; querer; dever. Ou seja, é o sujeito que recebe uma informação, que busca competência para realizar a ação que lhe foi apresentada durante a trama (actante), quer provar para o diretor que pode subir na carreira dentro da companhia de dança e busca, durante os ensaios, solucionar os problemas e as falhas que