A seleção e a proposta
Nas instituições brasileiras aparecem basicamente dois grandes grupos de atividades. Em um deles, estão àquelas práticas que constituem em rituais de socialização e de cuidados e que utilizam parte expressiva do tempo da jornada na educação infantil, como os momentos da entrada, do recreio, da alimentação e do sono. Em outro grupo, estão às atividades consideradas pedagógicas que podem ser livres ou dirigidas pelos educadores, nesse grupo vamos encontrar uma variabilidade de atividades, como música, desenho, leitura e brincadeiras. Os modelos de atividades de rotina para as creches geralmente centram sua atenção no corpo das crianças e em seus aspectos biológicos. Há uma ênfase grande nos cuidados, na higiene, na alimentação e na saúde. As “horas de” são peculiares – fralda, mamadeira, banho de sol, sesta, suco, banho – e aparecem também alguns momentos de brincadeira e de atividades pedagógicas que, em geral, abrigam as atividades lúdicas e expressivas. Para os pequenos, há maior atenção e existe uma menor variabilidade na sequência de atividades propostas, sua execução é rígida, tendo em vista a satisfação das necessidades corporais. Vemos a sequência do sono, troca e alimentação repetir-se várias vezes ao longo do dia. Uma característica das rotinas dessa faixa etária é que as atividades são mais lentas, o tempo exigido para sua realização é mais amplo e não há a exigência de que as crianças cumpram os tempos previamente definidos. Já nos modelos para a pré-escola, acontece uma mudança, e a atenção da rotina passa do corpo para a mente das crianças. As rotinas tornam-se mais próximas ao modelo escolar, cada vez há menor preocupação com a pedagogia das situações de cuidados. Na rotina da pré-escola passa-se a trabalhar mais a diferença, decidir o modo como aquele grupo faz tal coisa e como cada criança pode fazer do seu próprio jeito. As “horas de” privilegiam o jogo, as atividades diversificadas,