A revolução industrial e a nova sociedade do trabalho
TEXTO BÁSICO: Revolução Industrial é como denominamos o processo de transformações econômicas e sociais, caracterizadas pela aceleração do processo produtivo e pela consolidação da produção capitalista. Tal processo marca a passagem em definitivo da produção baseada em relações feudais para a produção em que o capital e o trabalho estão definitivamente separados, isto é, a produção capitalista. A introdução do sistema de fábricas iniciou-se na Inglaterra, em fins do século XVIII, espalhando-se, posteriormente, ao longo dos séculos XIX e XX para vários outros países. Karl MARX observava que a principal transformação teria sido a substituição da ferramenta, até então empunhada pela mão humana e dependente de sua força e habilidade, por mecanismos cada vez mais complexos, acionados pelo homem agora transformado em verdadeiro autômato, e capazes de realizar múltiplas tarefas. Assim, a ferramenta, acoplada a um implemento mecânico, dá origem a uma máquina-ferramenta, responsável pelo trabalho industrial e por um aumento da produção, cujos limites não são mais definidos pela resistência física do operário, mas da própria máquina. As características gerais do novo processo de produção introduzido pela Revolução Industrial poderiam ser apontadas da seguinte maneira: - produção realizada em grandes unidades fabris, onde predomina a mais intensa divisão do trabalho; - separação entre capital e trabalho, pois o proprietário dos meios de produção (máquinas, equipamentos, instalações, matérias-primas, etc.) não é o produtor direto. Este, agora completamente expropriado de meios próprios de subsistência, necessariamente tem que vender sua força de trabalho (FT) em troca de um salário; - produção realizada para um mercado desconhecido, cuja demanda cresce na proporção em que ocorre um barateamento do custo unitário da própria mercadoria produzida; - aumento sem precedentes na produção de mercadorias; -