A revolução francesa
A ERA DAS REVOLUÇÕES por Eric. J. Hobsbawm- Terceiro capitulo.
Introdução:
A Revolução francesa é um dos mais importantes acontecimentos da historia do Ocidente. Não é por acaso que no ano de 1789, data que marca o seu inicio, é também o começo da Idade Contemporânea. Para resumir em poucas palavras o que representou o processo revolucionário francês, é preciso entender que ele foi um dos primeiros passos para o fim do antigo regime, ou seja, o regime absolutista. O Antigo Regime representava a velha ordem, um tipo de sociedade em que eram imensos os privilégios para os membros da Igreja e da nobreza. Essa sociedade era dividida em ordens, grupos sociais fechados, em que cada um deveria viver conforme as normas de seu grupo. Ou seja, um nobre era sempre um nobre e um elemento do povo era sempre uma pessoa do povo, sem direitos políticos e cheio de deveres para com o seu senhor. Assim, o “povo”, que era formado por burgueses e humildes camponeses, tinham direitos políticos insignificantes e pagava a maior parte dos tributos (impostos) que sustentavam o Estado Absolutista, isto é, aquele que o monarca tem o poder absoluto. O pensamento renascentista, que surgiu a partir do século XIV, embora tenha superado em certa medida o poder da Igreja Católica, por outro lado fortaleceu o poder dos reis. E somente no século XVIII, com o surgimento do Iluminismo, que os europeus passaram efetivamente a questionar, mais do que o conhecimento, a forma como a sociedade se organizava. O reino francês foi então, berço de importantes filósofos iluministas como: Montesquieu, Voltaire, D’Alembert, Diderot e Rousseau.
O século das luzes. Entre as ideias centrais do Iluminismo esta a crença na luz da razão, contra as trevas da superstição religiosa. Além disso, defende-se a liberdade, o direito livre a expressão de ideias, a igualdade entre os homens e fraternidade. Esses elementos serviram como a