AS IMPLICAÇÕES FUNDAMENTAIS DO PRIMEIRO HUMANISMO: UNIVERSALISMO REPUBLICANO, ANTIRRACISMO, ANTISSEXISMO, DREITOS DO HOMEM E COLONIALISMO Mostra-se difícil definir o homem como um ser. Afirma-se que não existe natureza humana, significando isso uma essência predeterminaria a existência do ser humano. Então nós possuímos os fundamentos dos direitos do homem, do anticomunitarismo, do laicismo, do antirracismo e do antissexismo, em resumo de toda a moral republicana e democrática. O racismo e o sexismo por exemplo, consistem na idéia de existe uma essência ou natureza de mulher, do negro, que precederia sua existência e da qual se poderiam deduzir as características necessárias e comuns de sua espécie. Então seria da natureza da mulher cuidar de crianças ou da vida doméstica, ser doce e sensível. Do mesmo modo seria da natureza do negro ter ritmo no sangue. Mas se não existe nenhuma natureza do ser humano, também não existe uma desse ou daquele sexo ou dessa ou daquela raça. O existencialismo assim tende a se fundar no feminismo e no antirracismo do tipo universalista. Uma mulher é um homem como os outros. Com a dignidade de ser humano em geral, macho ou fêmea, transcende-se a todos os rótulos que se pretenda dar, não constituindo o seu valor o pertencimento a uma comunidade sexual, étnica, nacional, mas, ao contrário, o fato de se elevar a uma humanidade em geral. Assim, o homem (ser humano) é digno de respeito independentemente do pertencialismo a qualquer etnia, língua, nação, cultura, religião, etc. O humanismo abstrato que decorre dessa nova antropologia não é absolutamente hostil as comunidades. Muito pelo contrário ele reconhece em cada cidadão o pleno direito de pertencer a todos os grupos intelectuais, culturais, religiosos, etc, que quiser freqüentar. A isso se dá o nome de associações e não há anda mais legítimo para a república. Simplesmente em oposição a visões tradicionais não são esses pertenciamento que