A revolução americana
Chamamos de revolução americana à luta das colônias estabelecidas na América do Norte, para se tornar independentes da Grã-Bretanha. Tal movimento pôde ser caracterizado como uma revolução burguesa. Revolução, pois, num curto período de tempo e com utilização de violência, causou uma ruptura com o sistema político, social, econômico e cultural vigente, e burguesa, pois, apesar de não ter sido uma revolução planejada, dirigida e executada pela burguesia, consolidou seu poder econômico e sua ascensão ao poder político. Podemos citar como causas primárias (necessárias) da revolução americana:
A influência das ideias iluministas originárias da Europa;
O forte desenvolvimento econômico das colônias, associado a uma burguesia ativa, zelosa das suas liberdades, contribuíram para que os colonos não aceitassem de bom grado a autoridade exercida pela metrópole sobre seus territórios;
O desejo dos norte-americanos de não serem tratados como inferiores pelos britânicos;
E como causas secundárias (aceleradores):
Com o término da Guerra dos Sete anos, na qual a França, a Áustria e seus aliados contra a Inglaterra, Portugal e seus aliados, os colonos norte-americanos ficaram com a obrigação de pagar parte de dívida inglesa contraída com a guerra;
Ocorrência de acontecimentos que afetaram a disciplina e a lealdade das forças armadas das 13 colônias;
Criação de leis consideradas injustas pelos colonos, podemos citar dentre outras:
1. “Sugar Act” (lei do açúcar): Criada em 1764, a lei do açúcar instituia impostos sobre o açúcar refinado, vinhos, café, tecidos e outras mercadorias importadas pelos colonos;
2. “Stamp Act” (lei do selo): Criada em 1765, a lei do selo obrigava os colonos a afixar selos em todos os jornais, folhetos e em numerosos documentos legais. Como os selos eram ingleses, ao comprá-los, recursos eram transferidos para Inglaterra;
3. “Tea Act” (lei do