A República

RESUMO – LIVRO “A REPÚBLICA”
AUTOR: PLATÃO

LIVRO I
Após uma recepção bem agradável, Sócrates inicia um diálogo com o anfitrião da casa, Céfalo, e logo pergunta qual o sentimento deste em relação à velhice. Céfalo responde que quase todos lamentam essa fase da vida, recordam os momentos bons do passado e dizem que somente nos tempos de juventude a vida valia a pena, porém ele faz uma ressalva muito importante: essas pessoas acham que a culpa da infelicidade é da velhice, mas na verdade é do caráter de cada uma! Ora, se a velhice trouxesse todas as coisas ruins junto a ela, todos nessa fase se queixariam- e este não é meu caso. (PLATÃO, 2006, p: 03-05).
Sócrates, não perdendo a oportunidade, questiona Céfalo em relação a sua riqueza, se não seria ela- e não o seu caráter- que trouxe tranquilidade na velhice do anfitrião e este afirma que a riqueza ajuda, mas assim como um homem de bom caráter e que é pobre não tem facilidade na velhice, um homem rico também não o terá se não for sensato. Aproveitando a situação, Sócrates mostra que quem ganha a fortuna por si próprio apega-se ferrenhamente, diferente de quem a herda, que não gosta demais da riqueza. (PLATÃO, 2006, p: 06-07).
Céfalo diz que o maior bem que usufruiu de sua fortuna foi o de não enganar ou mentir- mesmo de forma involuntária- e não dever nada a ninguém- nem aos deuses nem aos homens- e dessa forma percebe-se sua noção de justiça, que é falar a verdade e devolver o que se tiver recebido de outrem. Diante do que foi falado por Céfalo, Sócrates contra-argumenta, dizendo que a justiça é muito mais que isso, e exemplifica: se alguém recebe armas de um amigo e se esse amigo requeresse as armas de volta, porém estando fora de juízo, seria justo, então, devolver as armas? Todos responderiam que seria injusta essa devolução, dessa forma contraria a sua noção de justiça, que diz que o simples fato de devolver o que fora recebido é justiça. (PLATÃO, 2006, p: 08)