A representação estética de schopenhauer
Schopenhaurer, apesar do carregado pessimismo presente em sua filosofia, refletiu alguns caminhos que direcionam para a "anulação" da dor. Um destes caminhos foi encontrado na contemplação estética, onde o indivíduo se perdendo da vontade, consegue anular o seu sofrimento, ao menos por instantes.
O conceito de “belo”, para Schopenhauer, engloba tudo aquilo, seja na arte ou na natureza, capaz de causar em seu espectador um estado contemplativo que escape à ditadura do querer. Por esta razão, pode “tornar-se belo” “qualquer objeto, assim que deserta o domínio daquilo que interessa à vontade para unir-se aos objetos da pura contemplação, dos quais se desinteressa a vontade”, ou seja, qualquer objeto pode torna-se belo a partir do momento em que o enxergarmos com admiração, e não com o interesse da vontade. Tendo em vista que a Vontade é a substância íntima, o núcleo de toda coisa particular e do todo, ela se manifesta na força da natureza e no homem. Nessa manifestação ocorre a afirmação da vida; e, para tanto, permanece inalterável. Após ter-se manifestado e afirmado no mundo, ela pode ser negada. Justamente neste ponto, ao contemplar o belo a partir de uma experiência estética, a existência do indivíduo pode ser neutralizada de seus interesses e desejos.
Schopenhauer sentia uma enorme admiração pelos pintores flamengos de naturezas mortas, que frequentemente representavam cenas domésticas “banais” em seus quadros. Ele acreditava que até mesmo os objetos mais “insignificantes” de nosso cotidiano poderiam se tornar belos caso um gênio soubesse enxergar neles suas Idéias e fixá-las em sua obra, tornando-as acessíveis aos demais humanos.
Estética, ética e ascética.
Schopenhauer acreditava que o fim da vontade de viver se dava em três níveis de purificação: Estética, Ética e Ascética.
Estética – a vontade de viver encontra o seu fim quando o individuo é absorvido pela contemplação e não pela vontade, privilégio de