ESTéTICA II
SCHOPENHAUER
Arthur Schopenhauer, “O Mundo como Vontade e Representação” (1819)
Ruptura da subjetividade
- vontade (wille)
- vontade de poder (wille zur macht)
Com Schopenhauer inicia-se um novo movimento denominado pessimismo filosófico.
É um pessimismo metafisico que se desdobra num pessimismo existencial.
É um pessimismo destituído de consistência ontológica (de ser).
Mundo representacional como conjunto de fenómenos efémeros;
mundo sensível, da experiência objectivação da vontade
não é um fundamento recional: não integra orientação teleológica
A essência, a coisa em si (vontade) do mundo não é passível de ser racionalizada, conceptualizada por uma subjetividade (pelo sujeito).
Esta vontade é uma verdade oclusa (escondida) que existe por trás do mundo representacional (dos fenómenos, da experiência).
Emergência de um anti-humanismo filosófico em Schopenhauer. recusa à noção de subjetividade como noção central/primeira
A experiência estética já não assenta num saber de si do sujeito mas sim num desdobramento do conhecimento metafisico vontade
Objecto experiência estética vontade
Vontade como coisa em si pensada como vontade de viver/vida.
Ser humano e natureza são perspectivados em continuidade; são objectivações (manifestações) da vontade o ser humano deixa de ser superior à natureza.
A vontade de viver expressa-se no homem também na dimensão da sua sexualidade (nos seus instintos sexuais).
Questão do sofrimento:
Sofrimento enquanto essência da vida/existência.
Sofrimento como noção metafisica essência do ser
Vontade caracterizada/pensada como entidade em luta/conflito consigo mesma. todos os indivíduos (animais incluídos) encontram-se em contínua luta/conflito entre si noções de inquietude, luta, conflito, sofrimento.
O sofrimento enquanto noção metafísica também é pensado na dimensão da vontade, dimensão volitiva (desejos, quereres) do homem.
Todo o querer/desejo assenta numa falha/falta/ausência do objecto desejado