A Representação do Coronelismo Baiano na Literatura
Uma análise da obra “Terras do Sem Fim”, de Jorge Amado.
Aécio Flávio Silva de Sousa
Resumo
Este trabalho é uma análise das principais nuances do coronelismo baiano expostas na obra “Terras do Sem Fim” de Jorge Amado, apresentando os fatos acerca do assunto em foco, estabelecendo um paralelo com o próprio romance. Amados e odiados, violentos e benfeitores, tiranos e protetores, os chamados “coronéis” fizeram história e transformaram-se em verdadeiras lendas, sempre exercendo a “lei do chicote” e dominando o sul do interior da Bahia com a política da “mão de ferro”, sob o jugo das milícias particulares, uma época truculenta do período republicano, que estendeu-se até meados da década de sessenta. Esperamos poder explicitar o entendimento acerca do tema para tentar, com argumentações plausíveis, oferecer subsídios concretos e palpáveis para evidenciar de forma eficiente nosso ponto de vista, demonstrando a luta dos coronéis do cacau pela posse das terras do Sul da Bahia, observando o processo de expansão, sua influência nos destinos do Estado e do Brasil, seu auge, seu enfraquecimento e sua queda. Esta é uma apresentação dinâmica e objetiva que evidencia a descentralização e a migração do poder político do Coronelismo a assumir novas formas de autoritarismos, ainda hoje caracterizadas pelo domínio nas atuais esferas políticas de nosso país. Destarte, é de bom alvitre lembrar que não pretendemos dar conclusões estáticas quanto ao tema exposto, mas sim, conceber precedentes a fim de abrir um leque de discussões onde possamos nos debruçar em todas as questões supracitadas.
Palavras-chaves: Coronelismo, política, voto, poder.
Abstract
This paper is an analysis of the key nuances of coronelismo Bahia exposed at work "Land Without End" by Jorge Amado, presenting facts about the subject in focus, establishing a parallel with the novel itself. Beloved and hated, violent and benefactors and protectors of tyrants,