A REPRESENTAÇÃO DA CIDADE ATRAVÉS DE SUA PERCEPÇÃO
O espaço urbano é um sistema de linguagem que se manifesta através de sua representação, não apenas visual, mas polissensorial: olfativa, tátil, sonora, cinética. Essa transformação é a história do uso urbano como significado da cidade, sua vitalidade nos ensina o que o usuário pensa, deseja, despreza e a relação de suas escolhas, tendência e prazeres. A transformação da cidade é a história do uso urbano escrita pelo usuário e o significado do espaço urbano é o desenvolvimento daquela recepção.
O olhar semiótico é atraído pelos fetiches ou ate mesmo por imagens que parecem ter vida própria independente dos homens que as criam, e esses fetiches acabam sendo cores, marcas, modelos, grifes e assim por diante.
A imagem da cidade acrescenta outra dimensão de linguagem, a percepção, que é capaz de extrair dessa imagem uma informação capaz de consolidar outra ação. Criando uma atuação urbana sobre a própria imagem representativa.
A percepção é capaz de apreender o cotidiano da cidade, e dai extrair os elementos capazes de estimular a ação, o comportamento e a intervenção sobre ela. O aprendizado e mudanças de comportamentos são mediados pela percepção.
A percepção urbana não é uma certeza, é um processo, uma possibilidade. E se altera conforme o repertório e as características socioculturais do morador da cidade. E com isso faz com que a percepção seja transformada em ambiental, o que parece mais apropriada e oportuna.
A percepção no quesito de aprendizado gera informação a partir da experiência, e se divide em duas dimensões: o percepto e o juízo perceptivo. O percepto não atrapalha a percepção, ele é mudo. É uma imagem que se apresenta na sensação de sua materialidade, ele é construído quando permitimos o conhecimento, ou a consciência. Essa imagem de sensações vivas, não nos permite qualquer liberdade de interpretação do seu sentido. Exemplo: Antes de tirarmos qualquer fotografia sobre o