A religião na idade Média
Por séculos, a Igreja deteve todo o conhecimento em suas mãos; as pessoas comuns não tinham acesso aos registros históricos, livros, escritos, e tão pouco tinham ferramentas para interpretá-los, mesmo se tivessem acesso, já que não sabiam ler ou escrever. Por tanto, eram manipulados pela Igreja, que os fazia acreditar naquilo que acordasse com seus interesses; pagavam pela salvação de sua alma, pelo perdão de seus pecados, por um lugar no céu; a Igreja os atemorizava com sua interpretação livre do Livro Sagrado e o único que podiam fazer era ouvir e acreditar, não tinham como contestar.
Inquisição
É 20 de abril de 1233, uma época do mundo onde o poder da Santa Igreja se confunde com o poder real; o Papa Gregório IX escreve a bula "Licet ad capiendos" e se inicia a Santa Inquisição; encaminhada aos inquisidores, continha tal teor:
"Onde quer que os ocorra pregar, estais facultados, se os pecadores persistem em defender a heresia apesar das advertências, a privá-los para sempre de seus benefícios espirituais e proceder contra eles e todos os outros, sem apelação, solicitando em caso necessário a ajuda das autoridades seculares e vencendo sua oposição, se isto for necessário, por meio de censuras eclesiásticas inapeláveis."
Em 1252, a bula “Ad extirpanda” é editada institucionalizando o Tribunal da Inquisição e conferindo aos inquisidores a liberdade de se utilizarem de práticas de tortura em seu “santo ofício”. Assim, a Inquisição se propunha a livrar o mundo dos hereges, pecadores, das bruxas, judeus, mulçumanos, feiticeiros e toda sorte de coisa condenável aos olhos da Igreja.
Para aumentar sua eficiência, os inquisidores incentivavam as pessoas a denunciarem seus cúmplices que não o fizessem, a fim de obterem seu perdão, logo seria mais fácil identificar maior número de hereges. Quando a Inquisição chegava a uma cidade, logo convocava toda a gente para assistir a uma missa especial, onde era lido o edito oficial que