A relação professor, aluno e aprendizagem no contexto das tics
Cada pessoa pode contribuir para levantar informações sobre o assunto. Assunto, esse, que pode ser atualizado diariamente, ao contrário do que ocorre com as enciclopédias impressas. O que o teórico Pierre Lévy denominou de "plasmopédia", no sentido em que o conhecimento torna-se vivo, em fluxo constante. Assim, se antes o conhecimento tinha um "prazo de validade maior" e era centralizado nas mãos de alguns (mestres e doutores do conhecimento), hoje, contrariamente, presenciamos um conhecimento volátil, efêmero e produzido de forma coletiva.
Para os alguns educadores, torna-se difícil perceber que os métodos de ensino que funcionaram com eles, enquanto alunos, não têm necessariamente que funcionar com os seus atuais alunos. E isto porque os seus atuais alunos fizeram todo um percurso de aprendizagem até aqui, utilizando ferramentas e tecnologias que não só eram inexistentes na anterior geração, como também que os professores ainda não dominam em toda a sua extensão. Os alunos da chamada Geração C são os alunos que passaram toda a sua infância e adolescência, usando computadores, ouvindo música digital, jogando videojogos, e socializando-se uns com os outros através de telemóveis e mensagens instantâneas. Essa educação foi baseada no acesso imediato à informação via Internet, daí resultando estilos e interesses de aprendizagem diferentes dos tradicionais, o que obrigará os atuais professores a fazerem alterações nos seus métodos de ensino. Para os professores que são da geração anterior, também existe uma designação – Imigrantes Digitais. Na junção destas duas realidades poderá surgir uma Barreira Digital entre professores e alunos. Daí que reconhecer as diferenças nos estilos de aprendizagem destas duas gerações, deve ser o primeiro passo que os professores devem dar para adaptarem programas e ferramentas educativas eficazes para os seus «novos» alunos, porque os estudantes da Geração C não