A relação entre industrialização, modernização do campo e urbanização brasileira
As principais mudanças da industrialização no campo e nas cidades
A grande Revolução Industrial (marco inicial do fenomeno da industrialização mundial) começou a acontecer a partir de 1760, na Inglaterra. Veio junto com o rápido crescimento da população e a constante migração do homem do campo para as grandes cidades, o que acabou por provocar um excesso de mão-de-obra disponível e barata. Isso permitiria a exploração e a expansão dos negócios que proporcionarão a acumulação de capital pela então burguesia emergente e provocará uma mudança na estrutura da produção. Milhares de camponeses foram expulsos de suas terras, para que os grandes proprietários expandissem a produção. Exercercendo êxodo rural, foram parar nas cidades, onde muitos encontravam empregos na indústria, mas a maioria perambulava desempregada.
O processo de urbanização brasileira começou a partir de 1940, como resultado da modernização econômica e do grande desenvolvimento industrial graças à entrada de capital estrangeiro no país. A migração campo-cidade gerou desemprego e aumento das atividades do setor terciário informal. A urbanização resulta fundamentalmente da transferência de pessoas do meio rural (campo) para o meio urbano (cidade). Assim, a idéia de urbanização está intimamente associada à concentração de muitas pessoas em um espaço restrito (a cidade) e na substituição das atividades primárias (agropecuária) por atividades secundárias (indústrias) e terciárias (serviços). Entretanto, por se tratar de um processo, costuma-se conceituar urbanização como sendo "o aumento da população urbana em relação à população rural", e nesse sentido só ocorre urbanização quando o percentual de aumento da população urbana é superior a da população rural. A recente e rápida industrialização gerou acentuado desequilíbrio das condições e da expectativa de vida entre a cidade e o campo, resultando num rapidíssimo processo