A Relação do Homem com o Trabalho na Revolução Industrial
Tempos Modernos retrata o auge dessa mudança. Depois de serem obrigados a abandonar a vida no campo por não conseguirem competir com o ritmo de produção imposto pelas fábricas, as pessoas começaram a se concentrar nas cidades em busca de empregos que possuíam uma dinâmica completamente diferente da atividade rural exercida até o momento. No filme o personagem Carlitos aparece completamente inserido no modelo de produção fordista-taylorista, onde suas habilidades individuais são ignoradas através de um trabalho repetitivo e alienado. A desumanização dos operarios é tratada de forma sutil e engraçada em varias partes da história, a cena em que Carlitos reproduz descontroladamente seu movimento de trabalho em um setor da esteira fordista, ilustra perfeitamente esse aspecto, criticando fortemente a ideia do homem como parte da maquina.
Quando Carlitos é engolido pela maquina e enfrenta um momento de insanidade o condicionamento que a alienação do seu trabalho provocou é interrompido e ele confronta a maquina que o aprisionou sabotando a produção, em uma tentativa de recuperar sua autonomia. Essa cena e a cena seguinte - onde ele é reprimido e internado como louco - demonstram como era a relação do homem com o trabalho naquela época. Diferente do gregos que enxergavam o trabalho