A reforma Psiquiatra no Piauí
Surge então à ideia da desinstitucionalização, trata-se da substituição do modelo de tratamento baseado no isolamento e exclusão dos usuários e visa à oferta de serviços que tomem conta da demanda e funcionem em contraponto do hospital psiquiátrico.
Os processos reformistas em Saúde Mental construíram novas tecnologias de trabalho para os profissionais que atuam nessa área e o fazer passa a sofrer alterações na sua conjuntura, a exigência é voltada para um profissional mais capacitado e comprometido, que trabalha em coletividade com uma equipe multiprofissional de maneira interdisciplinar.
Com as novas demandas postas para os profissionais que atuam na Saúde Mental, foi elaborado um estudo que tem por fundamento um levantamento bibliográfico de natureza crítica acerca da produção acadêmica sobre as práticas profissionais em saúde mental na Universidade Federal do Piauí-UFPI, a fim de analisar tais práticas e suas alterações.
Historicamente, a assistência psiquiátrica piauiense, acompanhando a tendência nacional, esteve centralizada na capital do Estado do Piauí, Teresina e concentrada no modelo hospitalocêntrico, através do Hospital Areolino de Abreu, (criado em 1907) único hospital psiquiátrico público vinculado ao governo estadual e do Sanatório Meduna, (criado em 1952) um hospital particular, mas conveniado ao Sistema Único de Saúde. Tais serviços se configuraram por orientar a atenção para os momentos de crise psiquiátrica, tratadas pela via das internações integrais, centradas